De acordo com a Recomendação Portuguesa das Políticas Públicas de Educação e Formação de Adultos, todo o processo de educação de adultos deve centrar-se nos indivíduos, que devem apropriar-se do seu próprio itinerário formativo e reflectir sobre as suas próprias práticas, mas também tendo em conta as relações que estabelecem com os outros.

Contudo, este conceito de educação de adultos continua a ser utópico, uma vez que a aplicação prática dos programas de educação de adultos não contempla a dimensão da pessoa adulta como um todo. A Estratégia Portuguesa de Educação de Adultos tem conseguido desinvestir e desarticular as respostas sócio-educativas à população adulta portuguesa, especialmente quando se considera os adultos marginalizados.

A educação comunitária deve ser integrada na política global de educação de adultos, porque as comunidades devem estar conscientes dos seus obstáculos e desafios sócio-educativos – tanto individuais como colectivos – e, assim, colocar cada adulto como actor principal nas decisões que influenciam o seu próprio desenvolvimento como pessoa e como membro da sociedade.

É necessário integrar a educação e formação de adultos nos programas de desenvolvimento territorial, nos projectos sociais, culturais, de lazer, empresariais e desportivos, e implementar metodologias educativas proactivas.

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