A União Europeia está actualmente a viver um momento desafiante na saúde pública. A Organização Mundial de Saúde sublinhou que a existência de segmentos da população com menos acesso à literacia em saúde pode ter repercussões negativas na saúde pública.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados informou que, globalmente, o número de pessoas deslocadas à força (68,5 milhões) é o maior número de deslocações humanas de sempre. Há também 10 milhões de apátridas, sem nacionalidade e sem acesso a direitos básicos como a educação, os cuidados de saúde, o emprego e a liberdade de circulação. Considerando os recentes desenvolvimentos globais com a COVID-19, um dos principais desafios no combate ao surto é fornecer cuidados de saúde e educação adequados aos migrantes e refugiados em toda a Europa.

O Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados Filippo Grandi adverte que a nova vaga de refugiados que chega à Europa está a viver com condições sanitárias muito precárias, que são especialmente vulneráveis à pandemia. O difícil acesso à educação e à sensibilização para a saúde pública torna esta população extremamente vulnerável.

Por este motivo, torna-se cada vez mais claro que a saúde deve assumir uma dimensão comunitária, reunindo comunidades, parcerias sociais, económicas e educativas, e estruturas organizacionais.

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